Com direito a texto de apresentação do Emicida, artes extra e capa dura, a série de HQ “Hip Hop Genealogia”, de Ed Piskor, que conta a história do movimento, chega ao Brasil em uma parceria nossa com a agência Dabba e a editora Veneta. No nosso site, aliás, já está à venda!
E pra celebrar o lançamento, nesta sexta-feira tem festa na Patuá Records, com discotecagem do Frequência Modulada, formado pelos DJs Aquiles Borges, Fabio Lafa e Nyack. Todo mundo convidado, é só chegar! Veja as infos abaixo:
Tá curiosx pra saber o que te espera na publicação? Olha o que o Emicida achou!
Ed Piskor é um nerd — um gênio nerd que eu adoraria conhecer. Ao ler ‘Hip Hop Genealogia’, eu só pensava que ele uniu minhas duas paixões adolescentes em um só material. Seu livro é um trabalho minucioso, de precisão cirúrgica, feito com o amor e o talento que só um fã autêntico é capaz de dedicar ao objeto de sua admiração. Talvez, para as novas gerações, seja difícil imaginar um mundo sem a cultura hip hop. Na introdução da minha primeira mixtape, eu disse “quando os caminhos se confundem, é necessário voltar ao começo”. Vivemos um tempo confuso, estranho, e nada melhor para restabelecer nossos valores do que olharmos para os primórdios e nos lembrarmos do caminho certo.
A cultura hip hop nunca morre, ela nasce a cada vez que você admira um graffiti, um passo de break, um scratch ou a rima de um MC. E ela ressurge com mais força ainda quando você compartilha isso. Lembro-me até hoje da capa com KL Jay na saudosa revista Rap Nacional, do Alexandre De Maio dizendo que o hip hop era a liberdade da mente, um ajudando o outro. Não há um só dia em que eu não olhe no espelho e não diga, mesmo que silenciosamente, um sincero obrigado aos que me salvaram com suas rimas e seus rabiscos. Quando terminar esta leitura, você tem a obrigação de fazer com que o hip hop renasça.
Obrigado.
Emicida
Mais sobre a HQ
O “Hip Hop Genealogia” veio para colocar os pingos nos “is” na história deste movimento cultural que dominou o mundo, sendo uma obra especialmente bem-vinda para o público brasileiro amante dessa forma de arte. O rigor histórico com que Ed Piskor monta a narrativa do começo do movimento em Nova York é invejável, respaldado por algumas das melhores fontes bibliográficas sobre o tema – nenhuma delas disponível no Brasil. Mas Piskor vai muito além: desenterra embates históricos, cria uma nova iconografia e dá vida aos mais diversos tipos, navegando por uma narrativa fluida em um complexo mar de referências cruzadas.
O lançamento do “Hip Hop Genealogia” marca também o início do Sumário de Rua, um selo formado pela parceria entre a agência Dabba, a editora Veneta e o Laboratório Fantasma, com a intenção de promover conteúdo traduzido e original sobre hip hop, cultura urbana global, movimentos sociais e outros assuntos de interesse dos jovens das cidades brasileiras.