É hoje <3!
Na última quinta-feira (09) a gente estreou por aqui uma série para celebrar o Dia dos Namorados, mas de um jeito diferente: a nossa ideia era falar de histórias de amor que normalmente não têm voz.
Passaram por aqui a Maria Rita e o Bernardo, o Rafael e o Ygor e a Anna e a Maya. Contamos também a história do Eric e da Gabriela. E agora, encerrando a série, aqui embaixo você confere a da Carol e da Camila.
Mas antes, em homenagem a todos os casais, gays e héteros, a gente preparou um minidoc que traduz exatamente o nosso sentimento neste domingão. Toda forma de amar vale a pena, afinal, é Dia dos Namorados pra todo mundo!
Por: Carol Patrocinio
Carol e Camila
Quando a gente se nota diferente dos outros a primeira coisa que faz é negar. Não queremos ser diferentes, queremos fazer parte, ser aceitos e respeitados. Quando Camila notou que se interessava por meninas foi assim: “Eu queria muito, mas quando aconteceu me senti mal. Aquela coisa de pensar na família, na igreja, em não ir pro céu…”
Mas essa negação só existe enquanto a pessoa certa não aparece na nossa frente com um sorriso que nos desmancha. Quando isso acontece a gente esquece de tudo e as coisas começam a se encaixar. Talvez não éramos nós os diferentes, mas as coisas é que estavam nos lugares errados. Quando o amor acontece todo mundo ao redor entende e quem quer destruir o amor visto assim de pertinho?
Foi no primeiro beijo que elas tiveram certeza: era mais do que amizade. “Aquela coisa de Carnaval, né? E de repente rolou um beijo. E aí parou. Eu só falei ‘nossa’. Fiquei com aquilo na cabeça e entendi que não era só amizade, não era uma coisa besta”. Até as mães, que antes não aceitavam muito bem a orientação sexual das filhas, passaram a enxergar a verdade naquele amor e a entender que a felicidade era muito grande.
“Amor é o que a gente vive, o nosso dia a dia, as nossas crises… É a conquista que eu tenho ao lado dela, de um relacionamento mais maduro. É vê-la chegar do trabalho toda linda, toda maravilhosa…”, diz Camila. E Carol completa: “São milhares de coisas e as vezes é uma só. É olhar e o olho brilhar. É olhar e pensar ‘como você é linda! Como eu te amo’. É você poder estar em qualquer lugar e escolher ficar onde está”.
Só que nem só de amor é feita a vida. No mundo real é necessário conviver com as pessoas e vivemos um momento com muitas emoções afloradas. “Ser uma mulher lésbica hoje é resistência. Eu tinha muita esperança com os projetos de lei e hoje em dia eles sumiram, só têm coisas que vão regredir. Dá medo. Cada dia mais medo e falta de esperança”, diz Carol.
Mesmo com todas as dificuldades as duas não desistem. Elas se amam, resistem e nos ajudam a mudar um pouquinho o mundo com sua doçura.